quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Tempos e Modos dos Verbos

O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.

Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.

Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.


O pretérito (ou passado) subdivide-se em:

Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.

Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.

Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)

O futuro subdivide-se em:

Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.

Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.

Empregos especiais:

Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)

- pode indicar futuro próximo.
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)

- pode indicar um processo habitual, ininterrupto.
Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.

Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)

Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)

- pode ser usado em orações optativas.
Quem me dera ter um novo amor!

Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza.
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.

- pode ser usado com valor de imperativo.
Ex.: Não levantarás falso testemunho.

Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza?


Modos verbais


Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.

Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.

Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.


Infinitivo pessoal ou impessoal

Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.

Emprega-se o infinitivo impessoal:

a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É preciso amar.

b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.

c) Quando faz parte de uma locução verbal.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.

d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.

Sujeito
Deixei-as passear.
= eles


e) Quando tiver valor de imperativo.
Ex.: Não fumar neste recinto.

Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.

Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em

Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.

- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.


EC'

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